A TerraPower, startup de energia nuclear fundada e financiada por Bill Gates, anunciou nesta semana uma nova rodada de investimentos de US$ 650 milhões para viabilizar a construção de sua primeira usina comercial.

Assim como outras startups do setor, a TerraPower vem atraindo o interesse de grandes empresas de tecnologia. Desta vez, quem entrou no jogo foi a Nvidia, por meio de seu fundo NVentures — marcando seu primeiro investimento no setor de energia. Bill Gates e a sul-coreana HD Hyundai, que já eram investidores, também participaram da rodada.

A construção da primeira usina começou em junho de 2024, em Wyoming (EUA), embora o reator ainda aguarde aprovação regulatória, prevista para 2025. Com o apoio favorável à energia nuclear por parte do governo Trump, o cronograma parece viável.

O reator da TerraPower, chamado Natrium, terá capacidade de gerar 345 megawatts de energia — uma potência intermediária entre os reatores convencionais e os pequenos reatores modulares. Diferente dos modelos tradicionais, ele usa sódio líquido para resfriamento e armazenamento térmico, o que permite continuar operando de forma estável mesmo com variações na demanda de energia.

Esse sistema pode fornecer até 500 megawatts por mais de cinco horas, funcionando como um complemento ideal para fontes intermitentes, como a solar e a eólica.

A empresa, que antes investia em outro tipo de reator, mudou de direção após enfrentar incertezas técnicas. Agora, com o Natrium, promete concluir um reator em até três anos após o início da concretagem, embora o custo estimado do projeto seja alto: cerca de US$ 4 bilhões, com metade do valor podendo ser custeado pelo Departamento de Energia dos EUA.

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